domingo, 18 de abril de 2010

"chei(r)os de palavras"



EDITORA: Corpos Editora
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2010
POEMAS: 50

ONDE COMPRAS: aqui


convidei para fazer a nota introdutória deste novo projecto o amigo, pintor e poeta Ângelo Vaz. aqui Vos deixo as palavras que ele escreveu e que tanto significam para mim:

"nota breve
se como leitor fosse menos atento, desviava-me do título da obra e tentava entrar no seu conteúdo.
mas aconteceu o contrário, desviei-me do jogo de palavras e fiquei preso ao título tentado procurar o que não se procura, mas se encontra.
chei(r)os de palavras, perfumou minha curiosidade tentando entrar no interior do autor.
nuno guimarães tem dentro dele um laboratório de odores, um jardim de flores coloridas, prazer sexual nas palavras, saudades e sede de encontrar a vida, a morte, as inocências e o amor.
chei(r)os de palavras, é um pequeno dicionário de versos cheios de desejos que esventra o interior do autor.
poemas há que são uma catasta, em que o autor se “tortura”, em leito de amor.
as palavras, os versos, as composições dançam, flutuam, abraçam, amordaçam, choram, riem e conquistam o leitor sem o prender.
nuno guimarães dá espectáculo quando chega ou parte, deixa sempre um perfume mágico, por onde passa ou se fixa numa viagem sem tempo.
suas palavras, são um testemunho ou testamento que nos deixa.
chei(r)os de palavras, é uma enorme tela pintada, cada letra é uma cor diferente em que o autor pinta com mestria esta obra que atravessa o interior dos leitores fazendo-os embalar por mundos diversos e encontros, desencontros e…
quando este livro me apareceu, estava a ler walt whitman e ricardo campos e fiquei estupefacto em como nuno guimarães soube valorizar esta obra libertando-se de todos os cânones literários, camoneanos, pessoanos e de muitos outros.
libertei-me dos outros autores, adormeci-os na mesinha de cabeceira e embalei-me com um perfume diferente.
é uma obra que merece lugar de destaque em qualquer prateleira de biblioteca física e espiritual.
o autor libertou-se gritando bem alto, é ele mesmo e por isso, é que as suas composições têm CHEI(R)OS DE PALAVRAS...
"

Ângelo Vaz